Loty Oswald

Loty Oswald, nome artístico de Maria Carlota Oswald Vieira, nasceu no dia 4 de junho de 1924, no Rio de Janeiro, filha do pintor Carlos Oswald e de Maria Gertrudes Bicalho Oswald e neta do compositor Henrique Oswald.

Em 1966, casada com o advogado Roberto Maurício Monteiro Vieira, e mãe de cinco filhos, fixou residência em Petrópolis, onde instalou seu ateliê e começou realmente sua carreira de pintora, iniciada no ateliê de Carlos Oswald, seu pai e único orientador.

Em 1967, apresentou-se ao público em exposição individual, na “Galeria Barroca”, em Petrópolis. Participou com vários trabalhos na Feira de Natal, no MAM, no Rio, em 1967. Em 1968, apresentou-se em coletiva, na “A Galeria” em São Paulo. Em 1969 fez uma individual no Museu Imperial de Petrópolis, patrocinada pelo Ministério da Educação e Cultura e a Prefeitura Municipal. Ainda em Petrópolis, realizou individual na “Galeria Tocosa” em 1969. Em 1970, apresentou-se em uma individual na “A Galeria” de São Paulo e na “Galeria Girassol”, em Campinas. No Rio de Janeiro, inaugurou a “Galeria Studius” com uma exposição individual em 1971, participando de uma coletiva em São Paulo na “A Galeria”, em benefício do Hospital Albert Einstein e na “Hebraica”, no Rio. Ainda em 1971, fez uma individual na “A Galeria” de São Paulo, sendo então convidada a integrar um grupo de pintores que se apresentou, em coletiva, em Londres. Em 1973 apresentou-se em coletiva, na “A Galeria” em São Paulo e na “Galeria Studius”, no Rio. Em 1974 realizou extensa viagem à Europa, apresentando trabalhos seus em nove cidades da Alemanha e Roma. Em janeiro de 1975, quando da abertura do Ano Santo em Roma, ofertou ao Papa Paulo VI um de seus trabalhos, sendo convidada a expor em uma coletiva no Colégio Pio Brasileiro, via Aurélia, 527.

Em 1976 fixou residência no Rio de Janeiro, onde mantém até hoje seu ateliê. Dedicou-se então ao estudo e desenvolvimento de técnica e criatividade de nova temática, sobre paisagens marítimas.

Em 1978, no curso de longa estadia na Europa, especialmente na Finlandia e na Suécia, intensificou a exploração de motivos do mar, e em regressando, captou a variada e rica policromia das paisagens do litoral fluminense. Em 1980, apresentou individual na “Galeria Divulgação e Pesquisa”, no Rio, e no Centro de Cultura da Prefeitura de Petrópolis.

Dedicou-se ao estudo da Gravura, (água-forte, xilogravura, monotiopia) pesquisando técnicas de texturas nesta área.

Desenvolveu técnica própria na execução de miniaturas a óleo e a guache.

Participou de coletivas diversas, e, em 1992, mostrou trabalhos em Exposições da Eco 92.

PRÊMIOS:

1968 – Medalha de Prata no Salão Oficial da Prefeitura de Petrópolis.
1960 – Medalha de Ouro ( Palheta de Ouro ) no Salão Oficial de Petrópolis.
1972 – Eleita personalidade do ano, em Petrópolis, no setor das artes plásticas.
1992 – Medalha de Ouro na Academia Brasileira de Letras, pela Exposição Rio – Moscou.

Por ocasião de sua Exposição de 1980, em Petrópolis, recebeu, como homenagem, este poema de Mario Fonseca:

Você captou o tumulto das ondas
e transferiu para a tela o tumulto de você mesma…
Por vezes as cores se esbatem,
são ondas nos rochedos
é redemoinho que vem, que vai
que cresce e se agiganta.
Há loucura de ondas que procuram agarrar-se à terra
lá no fundo da paisagem.
O verde é poesia…
O azul é poesia…
A cascata é poesia…
Você é a grande poesia que Netuno escolheu
‘para ser maior que todos os deuses da antigüidade
O mar é poesia….
em você – com você…
a artista…
a poetisa dos quadros
que você fez.